Na prática, ninguém deve ir à casa de câmbio mais próxima e adquirir
todos os dólares que precisa em espécie. O ideal é levar algum dinheiro em
espécie para despesas como táxi, cafezinho ou souvenir. E o restante em
"dinheiro de plástico". Entre o cartão de crédito e o pré-pago, a
segunda opção oferece vantagens. Paga-se uma taxa que varia de R$ 15 a R$ 30
para a emissão desses cartões. Depois, o viajante pode carregá-lo com a quantia
desejada em dólares ou outra moeda estrangeira e usá-lo como um cartão de
débito.
O cartão pré-pago permite controle de gastos, já que a pessoa o
abastece apenas com o montante que pretende gastar, sem surpresas na volta,
como no cartão de crédito. É uma maneira de controlar gastos de adolescentes
que viajam sozinhos ao exterior, por exemplo. E também vale pesquisar as taxas
para emissões do cartão, que variam de banco para banco.
Felipe Pellegrini, gerente da mesa de câmbio do Banco Confidence, avalia
que o pré-pago tem várias vantagens sobre quem ainda utiliza o tradicional
cartão de crédito para pagar as despesas no exterior.
— A cotação do dólar turismo para carregar o cartão é a do dia em que a
pessoa fizer a operação. Ou seja, a pessoa já sabe quanto gastou. No caso do
tradicional cartão de crédito, a cotação do dólar é a do fechamento da fatura.
Portanto, há risco de uma valorização da divisa entre a data de embarque e a
data do pagamento, o que pode estourar o orçamento da pessoa. Além disso, o IOF
para carregar o cartão pré-pago é de 0,38%, o mesmo que
o do dinheiro em espécie, contra os 6,38% do cartão de crédito usado no
exterior — diz Pellegrini.
Um detalhe importante: se o viajante fizer saques lá fora com o cartão
pré-pago, pagará uma taxa pela operação, assim como quem usa um banco 24 horas.
Nos cartões da Confidence, por exemplo, para cada saque cobra-se uma taxa de
US$ 2,50. Usar os equipamentos de bancos locais para fazer saques também
acarreta uma despesa extra, já que as instituições cobram por isso. Se usar o pré-pago fazendo débito, não há taxa alguma. É uma economia
em moeda estrangeira. E se sobrar algum saldo no cartão, o viajante pode deixar
o dinheiro guardado para uma próxima viagem. Se voltar e resolver converter em
reais esse saldo, vai perder um pouco na operação de câmbio.
O carregamento do cartão de débito deve ser feito na moeda corrente do país de destino. Se a viagem é para os
Estados Unidos, a moeda é o dólar. Se o passeio for pela França ou para a
Itália, a moeda do cartão deve ser o euro. Isso evita operações de câmbio, que
corroem um pouco do saldo. Além da perda com a diferença da cotação, alguns
cartões cobram uma taxa pela operação.
Embora deva ser evitado em compras não planejadas, o cartão de crédito não deve ser descartado. Isso porque as bandeiras oferecem algumas vantagens que representam economia para o viajante, como seguro-bagagem, em caso de extravio, e os tops disponibilizam seguro-saúde. São vantagens que representam uma economia no orçamento.
Antes de viajar, a compra numa agência de viagem com o cartão de crédito de um pacote de viagem, ou serviço (hotel, aluguel de carro, city tour etc), livra o viajante dos
6,38% de IOF cobrado por despesas no exterior.
Quem fecha a acomodação ou o aluguel do carro em sites internacionais
com o cartão de crédito, o que representa uma operação no exterior, pagará IOF
de 6,38%.
CONCLUSÃO: A melhor forma de pagamento de contas no exterior não é somente uma mas um conjunto dessas 3 modalidades em ordem prioritária: CARTÃO PRÉ-PAGO + CARTÃO DE CRÉDITO + MOEDA ESTRANGEIRA